Que Tenho eu no Mundo?

Depois de um tempo, a gente olha para a própria cria e percebe que ela continua viva; que uma chama do belo ainda continua acesa no coração do poeta-coração-de-pedra. Que pedra? Por isso, para compartilhar com você esse momento "poético-nostálgico", sopremos um micropoema do microlivro "Espuma Temporária". Quem sabe a chama se acenda...



que tenho eu no mundo?
alguns sonhos
e pés para caminhar: isso é tudo.
sonhos feridos por quem não acredita em mim;
sonhos sangrando...
sonhos que tento sonhar junto.
mas meus sonhos são incompreensíveis.
por isso desejo um buraco bem grande
onde possa me esconder pelo resto da vida.
um buraco que me consuma,
que me ame como sou.
lá onde ninguém alcançará meus sonhos
que brotarão flores.




Depois de um tempo a gente vê que as sementes aparentemente mortas germinaram, cresceram e produziram flores e frutos. Isso é muito gratificante! É a vida!

Um comentário:

  1. Belo poema, lindo pensamento e perfeita reflexão!! Afinal, são nas sementes que se encontra toda a beleza da natureza , não é? A missão das sementes é brotar e não morrer... Gostei da observação, ás vezes é bom relembrar isso. Abraços!!

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